quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Educação alimentar?

A Unilever como qualquer empresa multinacional tem como principal objectivo a rentabilização máxima da comercialização dos seus produtos, apoiando-se em estratégias de marketing que promovam estes interesses.
O lançamento do vídeo educativo em causa, parece, à primeira vista gerar um conflito de interesses. Então vejamos, o lançamento da campanha anti-idade da Dove rompeu com as estratégias de publicidade de outras marcas, ao escolher como protagonistas mulheres que melhor se enquadram na realidade que conhecemos. Estaremos diante de uma preocupação da Unilever em diminuir as pressões que a mulher sofre no processo de envelhecimento ou a pôr em prática com sucesso o estudo de marketing previamente feito?
Não devemos ainda esquecer que o vídeo educativo apresentado pode em muito contribuir para melhorar a imagem da marca, garantindo a aproximação e confiança dos consumidores pois a mensagem apesar das suspeições é positiva e de interesse público.
Preocupação ou estratégia?

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Rótulos saudáveis: simplificação ou complexificação?

A indústria acompanha as novas tendências e exigências de consumidores mais preocupados e conscientes do papel da alimentação na promoção da saúde.
O desenvolvimento de rótulos de fácil reconhecimento para o consumidor e que garantam uma escolha saudável, seria à primeira vista uma mais valia.
No entanto, será difícil para o cidadão menos informado avaliar a entidade certificadora, no que diz respeito aos critérios aplicados, a sua base científica e se existe ou não isenção em relação ao produto em análise.
A atribuição de rótulos de uma determinada marca ao próprio produto que comercializa seria leviano e pouco ético.
Este procedimento, não dispensa a educação alimentar visto que existem certos factores que o consumidor deve ter em conta: uma escolha saudável não determina que o seu consumo possa ser ilimitado.

domingo, 4 de novembro de 2007

Objectivos da comunicação

O site da Nestlé é um bom exemplo, quando se fala de objectivos como dar a conhecer, fazer gostar e fazer agir sobre o produto. Aqui apresentam-se novos produtos ao público, criam vínculos emocionais e mascotes que fazem-nos gostar do produto, e apresentam receitas e jogos que nos levam a agir sobre o produto.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Posição do nutricionista que comunica sobre ciência

Um dos grandes desafios do nutricionista é saber comunicar da melhor forma possível a ciência criada por outros. Tem de ter o máximo cuidado para que aquilo que vai transmitir seja o mais fiável possível e para que possa ser apreendido pelo púbico-alvo. E para conseguir isto o nutricionista deve sempre verificar a qualidade da informação e descodificá-la tornando-a mais simples e mais acessível a todos.
O facto de nem todos os investimentos na área da nutrição se traduzirem na melhoria da saúde também constitui um problema, visto fazer com que existam muitas investigações e publicações científicas sobre produtos sem muito interresse nutricional. E isto acontece porque quem financia as investigações são as pessoas que produzem determinados produtos e que querem ver os seus produtos divulgados. Aqui o papel do nutricionista passa por filtrar as informações existentes, e pensar se valerá a pena olhar apenas para a ciência.
O nutricionista deve ser neutro quando comunica, e ter como principal objectivo o bem-estar e a promoção da saúde da população, mas é claro que nem sempre isto acontece...