quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Brevemente...


Tradição com moderação
(porque o Natal não é todos os dias...)
22/12/07

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Porquê que nós continuamos a falar tanto de alimentação?...

“Se comer é uma necessidade, comer com inteligência é uma arte”.
Durante milhões de anos, o ser humano soube alimentar-se de um modo intuitivo, na verdade, desde que nascemos que a alimentação faz parte do nosso dia-a-dia, não só para satisfazermos as nossa necessidades fisiológicas mas como acto social e fonte de prazer.
O Homem é por isso um continuado processo de alimentação.
A nossa cultura – crenças, tabus, religião entre outros factores tais como a disponibilidade geográfica dos alimentos – influenciam directamente a sua escolha diária.
Nos dias de hoje temos um maior conhecimento no que respeita à Nutrição, existe uma informação mais ampla dos alimentos e de que modo podemos introduzi-los numa dieta equilibrada, no entanto os avanços tecnológicos dos últimos anos modificaram a relação do ser humano com o meio envolvente e a nossa alimentação piorou consideravelmente.
Assistimos hoje a uma indústria alimentar em crescente expansão, apoiada em novas técnicas, que movimenta quantias milionárias e surge associada a métodos de propaganda e marketing para melhor garantir os seus propósitos, não podemos ainda deixar de mencionar a existência de uma indústria farmacêutica atenta às novas necessidades dos consumidores em moldar uma imagem mais parecida com os novos padrões e modelos estéticos.
A diminuição da qualidade da dieta associada a estilos de vida mais sedentários impostos pelas sociedades modernas tem vindo a aumentar a incidência de certas patologias tais como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e até mesmo cancro.
A alimentação é pois determinante na manutenção e promoção da saúde dos indivíduos, tornando-se por isso imperativo desmistificar conceitos e evitar erros frequentes, que comprometem o nosso bem-estar.

Sou nutricionista, e agora?

(uma profissão com um futuro saudável ou uma epidemia descontrolada?)

A Direcção-Geral de Saúde (DGS) passou a considerar a obesidade «como doença crónica, que pode atingir homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades e requer estratégias de longa duração para a sua prevenção e gestão efectivas».

Mas, ainda assim, agora, apenas a certeza de um futuro incerto, face à realidade portuguesa.
Os números indicam que dos 356 centros de saúde existentes, apenas em 52 se encontram nutricionistas, distribuídos de forma desigual pelas várias regiões do país.
Existindo um nutricionista por cada 183 mil portugueses é fácil prever que o tempo de espera é longo e o desânimo crescente.
Situação curiosa, quando parece óbvio existir uma associação inversa entre o número de nutricionistas que existem nos centros de saúde, locais de cuidados de saúde primários, e a obesidade.
O problema não reside na falta destes profissionais, mas do difícil acesso à carreira apesar de todos os alertas feitos junto às entidades governamentais.
Outras possíveis medidas de combate passam pela colocação de um nutricionista nas autarquias para supervisionar os serviços de restauração, os alimentos disponíveis nas cantinas e bares e a actividade física nas escolas e na comunidade;
É necessário ainda alertar a comunidade e esclarecê-la sobre a importância dos nutricionistas e o seu papel, porque uma população esclarecida tem mais condições de exigir os seus direitos.
É triste perceber que ainda existem muitas pessoas que não fazem ideia de qual a importância deste profissional de saúde: “se os rótulos trazem lá tudo bem especificado, afinal eles não são precisos para nada!”
Mas um nutricionista não intervém apenas nesta patologia mas em muitas outras, onde os seus conhecimentos são essenciais.

O ser vegetariano e a folha de alface


(será fácil ou possível abrir mão do churrasquinho?)

É certo que existe um número cada vez maior de restaurantes vegetarianos mas quando a alternativa não passa por se visitar um destes locais especializados, será fácil obter um menu saboroso e equilibrado?
É difícil encontrar um restaurante não vegetariano que inclua esta opção no menu ou quando o faz a oferta é muito limitada, passando pela típica omolete ou fatia de quiche como opção.
Nos locais de alimentação colectiva, como cantinas de escolas, hospitais, entre outros a variabilidade de menus não é muito melhor, passando por um arroz à valenciana difícil de identificar quando no prato vemos somente arroz com ervilhas e milho.
A falta de informação condiciona a possibilidade dos consumidores poderem ter ao seu alcance uma ementa balanceada.
Assim, muitas vezes, a dificuldade de assumir esta escolha reside na falta de alternativas e não na impossibilidade de não se resistir a um bom bife.
Portanto, lembre-se! Quando oferecer um menu vegetariano não se limite à folha de alface.

Emagrecer por encomenda

E se num clique e como por magia, acordasse e os tão mal fadados quilinhos tivessem desaparecido?

1-Faça uma avaliação gratuita, indicando apenas o seu peso, altura e idade.
2-Receba a dieta ideal para o seu perfil
3-Perca os quilinhos que ganhou no feriado

A obesidade é uma doença crónica cujo sucesso no tratamento depende de um esforço longo e continuado que exige mudanças comportamentais.
A variabilidade intra e inter-individual sugere que as suas causas podem ser múltiplas e diferentes de pessoa para pessoa. Uma avaliação à distancia parece não só pouco ético como perigoso.
No entanto, seria do interesse de todos, que estivesse ao alcance de um clique, até porque se calcula que esta patologia represente entre 2 a 8% dos custos dos cuidados de saúde.
Mas, pense! Se fosse assim tão fácil estaria a tornar-se uma epidemia?

Nutricionista tem sentido de humor!

"Nutricionista não se apaixona...alimenta sentimentos. Nutricionista não faz exercício...queima calorias. Nutricionista não bebe...lesa as células hepáticas. Nutricionista não come doce... ingere carbohidratos de alto índice glicémico. Nutricionista não lava louça...higieniza utensílios. Nutricionista não faz comida...ensina a comer. Nutricionista não tem dores de estômago...tem desconforto gástrico. Nutricionista não toma remédios...utiliza fármacos. Nutricionista não é universitária...é profissional em treinamento!"

retirado de: lady-cah.blogspot.com

Vamos nós fazer os nossos milagres?

Como o término de um ano costuma significar o virar de uma página, que tal lançar o desafio para uma mudança de hábitos alimentares e de prática de actividade física e começar este novo ano com um estilo de vida saudável?
Mas não vale a pena fazer um milhão de promessas, que serão constantemente adiadas ao longo do ano por uma infinidade de motivos!E quando se dá conta chegou o Verão e a única solução parece ser lançar mão de uma dieta milagrosa (que faz perder peso em pouco tempo) ou de um medicamento mágico.
A propósito dessas ditas dietas milagrosas, temos a dizer que além de desequilibradas são potencialmente prejudiciais à saúde e que a perda de peso não é mantida. Fármacos como antidepressivos, laxantes e diuréticos (que interferem no equilíbrio electrolítico), hormonas tiroideias, entre outros, são muito usados com o intuito de emagrecer, mesmo quando não existe nenhuma patologia associada que o justifique. Por isso tenha muito cuidado!Para perder peso é necessário aconselhar-se com profissionais de saúde, e principalmente ter motivação e força de vontade.
É importante haver uma mudança permanente dos hábitos alimentares associada à prática de actividade física, porque somente desta forma consegue-se manter um peso saudável e promover a saúde. Portanto, mãos à obra em 2008!

Será que só a inscrição no ginásio emagrece?

Com o início do novo ano, muitas pessoas começam a traçar objectivos que querem ver realizados a curto prazo. A perda de peso com o intuito de ganhar uma boa forma física costuma ser uma dessas finalidades. Deste modo, nota-se no início de Janeiro uma grande afluência a ginásios com um aumento marcado do número de inscrições.
Mas será que todas as pessoas que definem este objectivo chegam a cumpri-lo? Ou apenas se inscrevem, sentindo que já deram um passo importante e depois raramente o frequentam? E quantos não são aqueles que irão anular a inscrição?
Concluindo, só a mera inscrição num ginásio não chega para alcançar a tão desejada boa forma, é preciso ainda que o frequente com regularidade. É claro que para isso a força de vontade é imprescindível, mas o esforço valerá a pena e a sua saúde agradece.

Regresso...

Desde a última mensagem publicada no blogue, em Novembro, que temos estado ocupadas a criar a nossa própria sessão de educação alimentar, na qual criamos uma peça de teatro para crianças do 5º e 6º ano de escolaridade, abordando o tema " Alimentação e Actividade Física". Antes da criação do nosso blogue, limitavamo-nos a analisar sessões/mensagens produzidas por outros.
Achamos interessante estar, não no papel de leitores/críticos mas sim no de emissores de mensagens, e constatar o quão exigente é esta tarefa.
No final, acabou por ser um trabalho bastante gratificante.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Educação alimentar?

A Unilever como qualquer empresa multinacional tem como principal objectivo a rentabilização máxima da comercialização dos seus produtos, apoiando-se em estratégias de marketing que promovam estes interesses.
O lançamento do vídeo educativo em causa, parece, à primeira vista gerar um conflito de interesses. Então vejamos, o lançamento da campanha anti-idade da Dove rompeu com as estratégias de publicidade de outras marcas, ao escolher como protagonistas mulheres que melhor se enquadram na realidade que conhecemos. Estaremos diante de uma preocupação da Unilever em diminuir as pressões que a mulher sofre no processo de envelhecimento ou a pôr em prática com sucesso o estudo de marketing previamente feito?
Não devemos ainda esquecer que o vídeo educativo apresentado pode em muito contribuir para melhorar a imagem da marca, garantindo a aproximação e confiança dos consumidores pois a mensagem apesar das suspeições é positiva e de interesse público.
Preocupação ou estratégia?

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Rótulos saudáveis: simplificação ou complexificação?

A indústria acompanha as novas tendências e exigências de consumidores mais preocupados e conscientes do papel da alimentação na promoção da saúde.
O desenvolvimento de rótulos de fácil reconhecimento para o consumidor e que garantam uma escolha saudável, seria à primeira vista uma mais valia.
No entanto, será difícil para o cidadão menos informado avaliar a entidade certificadora, no que diz respeito aos critérios aplicados, a sua base científica e se existe ou não isenção em relação ao produto em análise.
A atribuição de rótulos de uma determinada marca ao próprio produto que comercializa seria leviano e pouco ético.
Este procedimento, não dispensa a educação alimentar visto que existem certos factores que o consumidor deve ter em conta: uma escolha saudável não determina que o seu consumo possa ser ilimitado.

domingo, 4 de novembro de 2007

Objectivos da comunicação

O site da Nestlé é um bom exemplo, quando se fala de objectivos como dar a conhecer, fazer gostar e fazer agir sobre o produto. Aqui apresentam-se novos produtos ao público, criam vínculos emocionais e mascotes que fazem-nos gostar do produto, e apresentam receitas e jogos que nos levam a agir sobre o produto.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Posição do nutricionista que comunica sobre ciência

Um dos grandes desafios do nutricionista é saber comunicar da melhor forma possível a ciência criada por outros. Tem de ter o máximo cuidado para que aquilo que vai transmitir seja o mais fiável possível e para que possa ser apreendido pelo púbico-alvo. E para conseguir isto o nutricionista deve sempre verificar a qualidade da informação e descodificá-la tornando-a mais simples e mais acessível a todos.
O facto de nem todos os investimentos na área da nutrição se traduzirem na melhoria da saúde também constitui um problema, visto fazer com que existam muitas investigações e publicações científicas sobre produtos sem muito interresse nutricional. E isto acontece porque quem financia as investigações são as pessoas que produzem determinados produtos e que querem ver os seus produtos divulgados. Aqui o papel do nutricionista passa por filtrar as informações existentes, e pensar se valerá a pena olhar apenas para a ciência.
O nutricionista deve ser neutro quando comunica, e ter como principal objectivo o bem-estar e a promoção da saúde da população, mas é claro que nem sempre isto acontece...

sábado, 27 de outubro de 2007

Vitalis Elegante - Mistura das correntes

Leite Fenelac- Mistura das correntes

A melhor solução é...

Como referimos anteriormente, hoje em dia a publicidade recorre a ambas as correntes para poder atingir um leque mais vasto de consumidores. E a título de exemplos apresentamos o anúncio do leite Fenelac e da água Vitalis Elegante que ilustram perfeitamente esta união de pensamentos. Na primeira apresenta-se as características e funções benéficas do leite e associam-no a festas, amizade, desporto e boa forma física; na segunda faz-se uso de muita sensualidade e boa forma física apresentando-se no final as características e funções da água.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A publicidade e as correntes

Quando se faz uma publicidade sobre um determinado alimento tende-se a valorizar e promover os seus melhores atributos de modo a se conseguir uma maior aceitação pela sociedade de consumo.
Publicidades que fazem uso da corrente estruturalista tendem a ter caras famosas a divulgarem o seu produto;pessoas com corpos bonitos e saudáveis a consumirem o produto e fazem uso de imagens alegres e de cores vivas; estão ligadas ao glamour e a sofisticação, ao se sentir na moda e ao ser-se social...

Nas publicidades em que a função do alimento é destacado e dá-se ênfase aos benefícios do mesmo na prevenção ou tratamento de uma doença está patente a corrente funcionalista.

Actualmente no entanto as duas correntes se interagem e as campanhas apostam nas duas para promoverem os seus produtos pois percebeu-se que tanto uma como a outra tem o seu peso e importância.

Corrente Estruturalista vs Corrente Funcionalista

Porquê comemos o que comemos?O que é que influencia as nossas escolhas alimentares? Estas questões poderão ser respondidas à luz de duas correntes distintas de pensamento.
Segundo a corrente
Estruturalista o que comemos tem muito a ver com a nossa realidade social e cultural, ou seja, as pessoas que nos rodeiam e o meio onde estamos inseridos desempenham um papel central nas nossas escolhas alimentares. Por outro lado, a corrente Funcionalista defende que as nossas escolhas alimentares baseiam-se no conhecimento dos benefícios nutricionais e na promoção da saúde, apoiando claramente como razão principal a relação alimentação-saúde.

BECEL PRO-ACTIV ( C.Funcionalista)

Aqui primeiro apresenta-se um problema e logo a seguir a solução...

NESTEA MUDASTI (C.Estruturalista)

Porque será que se comunica tanto sobre alimentação?


A alimentação é um tema comum no nosso dia-a-dia. Isto porque constitui um factor determinante na saúde, visto ser cada vez mais evidente o seu papel crucial nas causas e na prevenção de patologias. Sabemos também que uma alimentação adequada e equilibrada promove a saúde e o bem-estar e aumenta a qualidade de vida. Os alimentos além de serem um bem-essencial, constituem uma fonte de prazer. E por tudo isto torna-se indispensável a comunicação sobre alimentação.